O mês de novembro já está marcado no e-commerce brasileiro com o evento importado dos EUA, a Black Friday. Acontece geralmente na última sexta-feira do mês, logo após o Thanks Giving (o Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais importantes dos estadunidenses), caracterizando-se por ser um super dia de ofertas em produtos. O mercado inteiro participa e são descontos realmente interessantes, ocasionando muitas filas e confusões nas portas das lojas.

No Brasil o evento tem significado apenas comercial e não tem um grande impacto em lojas físicas, mas no comércio eletrônico, novembro se tornou bastante importante, gerando resultados muito positivos ao longo dos anos. Tão positivos que nos primeiros anos o dia da Black Friday gerava muitos transtornos para quem trabalhava com T.I., pois os sites não conseguiam ficar online por conta de tantos acessos. Os problemas acabaram gerando oportunidades, os sites passaram a fazer Black Weekend, Black Week e hoje existem diversas lojas que transformaram a tal sexta-feira em um mês inteiro de promoções e descontos.

Os descontos são mesmo bons?

Depende! No meio de uma enormidade de falsos descontos (o preço é o mesmo, porém colocam que “era tanto a mais”) e de preços inflacionados em semanas anteriores para que exista a impressão de desconto no dia (“black fraude, tudo pela metade do dobro”), existem algumas pérolas e oportunidades. É importante ficar atento, para não cair em nenhuma cilada.

Todo mundo tem uma pequena lista de produtos desejados, esperando uma oportunidade para comprá-los. Infelizmente é bem raro que os produtos mais desejados tenham grandes descontos. O que mais acontece são promoções em coisas que a pessoa não estava precisando, mas pela “oportunidade” do desconto, acaba comprando por impulso.

Se você não comprar, o desconto é maior.

É sempre um bom conselho não fazer compras inúteis só pelo desconto. Mas às vezes aparecem ofertas irresistíveis, não é mesmo? Então os meus conselhos para não se arrepender na Black Friday (Week ou Month) são os seguintes:

1. Não compre em sites que você não conhece e confia. É muito tentador comprar um produto com 90% de desconto, mas tenha a absoluta certeza que descontos dessa magnitude quase sempre são golpes. Você vai pagar e nunca vai receber o produto. O PROCON de São Paulo mantém uma lista pública de sites não confiáveis, que você pode checar sempre.
2. Use meios de pagamento seguros. Um comportamento comum de golpistas é tentar convencê-lo a pagar “por fora”. Enviar uma transferência bancária direto para o vendedor, gerar boleto, pagar com Pix fora do marketplace, etc. Se estiver comprando num site confiável, use o site, os meios de pagamento do site (preferencialmente cartão de crédito). Se estiver numa plataforma de marketplace, tipo o Mercado Livre, use o meio de pagamento oficial (no caso do exemplo, o MercadoPago) dentro do site mesmo.
3. Ao comprar em marketplaces, evite vendedores novos e sem reputação. Busque aquelas pessoas que já vendem na plataforma há bastante tempo, possuem boas avaliações e reputação adequada. As próprias plataformas fornecem essas informações, para sua segurança e boa experiência de compra.
4. Não se comunique com os vendedores por fora dos marketplaces. Uma forma de golpe muito comum também é o vendedor golpista tentar enganar o comprador fazendo contato fora da plataforma de vendas. Use os campos de comentários e mensagens, o que estiver disponível, para que as conversas e negociações fiquem registradas.
5. Confira sempre os links recebidos antes de pensar em clicar. Muitos golpistas utilizam mensagens falsas de e-mail para levar a vítima a clicar em um link malicioso, que pode não somente induzir ao erro numa compra ou venda online, mas também ser utilizado para roubo de dados, sequestro de dispositivos ou outros crimes digitais. Se souber entrar no site e conferir, faça isso sem clicar no link.

Boas compras 🙂